quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Amputação Sentimental

Sou e sempre fui um manumisso arrependido
E prefiro mil vezes minha vida anterior
Porque sempre fui de vocação um antinômico
E nunca almejei ter uma vida superior

Me sinto satisfeito com todos os escritos
Que hipócritas malditos puseram em meu jazigo
Pena que me agradam agora que estou no acme
Dessa triste doença que é viver sem ter amor

Mas ao meu cenotáfio, vejo todos que amava
Me visitam sempre, sempre onde não estou
Mas percebo a sinceridade de quem chora no mármore
Tentado me provar que também sentem a minha dor

Talvez eu acredite, mas o que isso vai mudar
Agora já é tarde, não posso mais concluir
E abcidar da minha alma todos os sentimentos
Permitindo que os bons não deixem os maus fluir

E a sizetese da minha vida é a raiva do amor
Por não sentir o soberboso gozo terreal
Um prazer tão vistoso de plena veracidade
Deveria ser um sentimento totalmente universal

Nenhum comentário:

Postar um comentário