quarta-feira, 11 de novembro de 2009

As vezes

As vezes me falta palavra
As vezes me sobra emoção
Mas nem tudo que sai do coração
Se tornar eterno - acaba

Mas o fim não precisa ser breve
As vezes dura apenas um intervalo
Outras vezes por não saber me calo
Se tudo que digo é sincero

Por vezes brigo com a razão
Não permitindo que ela interrompa
O que a emoção insiste em manter
Por pura teimosia tola

Porque sentimento existe e muito
Mas o entendimento precisa ser duo
E se não podemos sequer empatar
Não vale a pena um amor inseguro

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Um Sonho

Sinto-me tão leve, simples e pleno quando estou contigo,
O mundo se torna bom, justo e adorável quando ouso sua voz,
Que parece um sonho...

Tudo se torna essencialmente belo quando toco seus lábios,
Os problemas se tornam miudezas quando sinto seu cheiro,
Que parece um sonho...

A guerra se torna paz ao te ver dormir,
Tempestades se transformam em calmaria ao ouvir teus segredos,
Que parece um sonho...

Tudo se torna possí­vel quando abris um sorriso,
E minha vida se completa ao fazer parte da tua,
Que parece um sonho...

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Amputação Sentimental

Sou e sempre fui um manumisso arrependido
E prefiro mil vezes minha vida anterior
Porque sempre fui de vocação um antinômico
E nunca almejei ter uma vida superior

Me sinto satisfeito com todos os escritos
Que hipócritas malditos puseram em meu jazigo
Pena que me agradam agora que estou no acme
Dessa triste doença que é viver sem ter amor

Mas ao meu cenotáfio, vejo todos que amava
Me visitam sempre, sempre onde não estou
Mas percebo a sinceridade de quem chora no mármore
Tentado me provar que também sentem a minha dor

Talvez eu acredite, mas o que isso vai mudar
Agora já é tarde, não posso mais concluir
E abcidar da minha alma todos os sentimentos
Permitindo que os bons não deixem os maus fluir

E a sizetese da minha vida é a raiva do amor
Por não sentir o soberboso gozo terreal
Um prazer tão vistoso de plena veracidade
Deveria ser um sentimento totalmente universal

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Pronome demonstrativo

Sou tão pouco para o que quero ser.
Às vezes tanto pra você.
Mas sou aquele.

Sou sincero, medícre e arrogante.
Às vezes intrigante.
Mas sou aquele.

Sou solidão, acredito no que invento.
Esperando mais do tempo.
Mas sou aquele.

Sou o meu próprio mundo.
Com sentimento profundo.
Mas sou aquele.

Sou a vida, sou a morte.
Por mera sorte.
Mas sou aquele.

domingo, 1 de novembro de 2009

Meia luz

Sinto falta da sua boca,
Um minuto depois do beijo.
Já não cabe em mim o desejo,
De te ter nos meus braços, toda.

Sentir o seu cheiro gostoso,
Que sacia um sentido faminto.
És muito mais do que alimento,
És verdadeiramente um sonho.

Num abraço à meia luz,
Faz sentir mais do que é preciso.
Tantos sentimentos parecidos,
E um olhar que comove e seduz.

Minhas mãos passeando em teu corpo,
Conhecendo o que já imaginava.
Mas, muito mais que esperava,
És de tudo, o que há de perfeito.